27.8.04

Nunca mais... ou sobre um dos inevitáveis fatos da vida...

Nunca mais as manhãs serão as mesmas, nem as primaveras, os invernos, as tardes, as noites, enfim, os dias... a quem diga que nunca foram os mesmos. E eu acho que sim, que nunca foram os mesmos... mas também que cada pessoa que se despede desta terrena vida acaba levando um pouco da gente, tanto de nossas alegrias como de nossas mais profundas tristezas pois, se estamos num eternos constituir-se somos as soma de múltiplas e desconcertantes "almas".
Cada dia de nossas vidas deveria ser marcado pela reflexão. Às vezes o desfalecimento do corpo, por exemplo, nos faz re-pensar os modos pelos quais estamos encaminhando as nossas vidas, o quanto a nossa experiência neste mundo está sendo singular, importante, alegre, "produtivo"... Nesta semana eu vivenciei isto, refleti sobre a vida, a despedida desta vida terrena, as dores...
Viver nos proporciona o mergulho num mar de emoções.
Mas o que "é", como pensar sobre a "morte"?
Num dia desta semana, à noite, ao chegar em casa e começar a assistir um pouco de tv: vi uma entrevista no canal 40 em que uma mulher falava da despedida da sua mãe desta vida (vida conhecida pela gente). Ela dizia que a mãe dela sempre viu a morte como uma celebração. Sim, porque ela entendia que a vida não acaba com o desfalecimento do corpo, pois o que acontece (depende da crença de cada um) é uma passagem para algum outro lugar. Celebrar a morte, assim como as celebrações dos batizados, nascimentos, foi a saída encontrada por esta mulher para aceitar melhor este inevitável fato da vida.
Achei esta visão bonita, poética. Mas... fácil é dizer, difícil sentir...
No entanto, este é um tipo de construção que vamos criando e, também, internalizando para nos movimentarmos melhor com as perdas que, realmente, não são fáceis. Explicações que, mesmo sendo provisórias, ajudam a confortar a alma, às vezes tão necessitada.

19.8.04

03 provisórios pontos para inventar a felicidade aqui dentro ...

Ah, a felicidade... quem não a busca? Quem, algum dia, não imaginou que a tal felicidade está à nossa espera em algum lugar, em alguma esquina, cidade ou praça... esperando que a gente a encontre. Encontrar? Às vezes seguindo algum mapa, princípio... Eu já acho que não há regras e caminhos escritos de antemão para se encontrar a tal felicidade. Não sei nem mesmo se ela existe ou já existiu, se ela pode ser descoberta.
Acho mesmo é que a tal felicidade pode ser criada, inventada e, talvez, perseguida por cada um que a está formulando. Eu, por exemplo, optei por destacar alguns pontos principais da minha invenção de felicidade. O que eu posso estra fazendo por mim e pelo outro que me rodeia para me deixar mais feliz e satisfeita com a minha vida. Estes pontos, com certeza, não cabem a todos mas a mim, que procuro estar em paz comigo.


1. Não se preocupe em acumular riquezas materiais, o melhor que podemos fazer por nossas vidas é vivê-la com o máximo de plenitude e felicidade, experienciando cada momento de uma forma intensa!

2. Não se preocupe com o que poderão achar e pensar de você afinal, você tem os seus motivos para agir de tal forma, de ser de tal jeito. Seja você! Se você procura não magoar e maltratar as demais pessoas é isto que vale, é isto que conta.

3. Não se coloque acima do bem e do mal. Todas as pessoas tem defeitos, ninguém atingiu ou atingirá a perfeição, isto é uma ilusão. Por isto, procure se conhecer melhor. Isto não significa descobrir uma “verdade” única para ti mesmo, isto é uma ilusão, mas pensar o que você está fazendo da tua vida, como a está vivendo, o que está despertando em ti e nas demais pessoas. Resumindo: se ver com defeitos e qualidades, passível de errar e acertar e, por isto mesmo, passível também de se humanizar como pessoa, vendo que a vida pode ser melhor se nos relacionarmos melhor com a gente e com os outros que nos rodeiam.

11.8.04

e deixo a vida me levar, vida leva eu...

É fácil entender a vida como uma sucessão de possibilidades... assim, não há como prever o que será de nós, de nosso dia daqui a um segundo sequer, somos vítimas dos acontecimentos. Eu prefiro encarar a vida assim, deixar a vida me levar por novos caminhos... não ficar a controlando com tantos mapas, rotas e caminhos já prá-concebidos. Isto não significa falta de compromisso, mas a busca pelo que a vida tem de melhor.
* tenho a impressão de que as minhas "abobrinhas" estão crescendo junto com o blog!

2.8.04

_Ela tem duas caras!
_Como assim? Duas caras?
_Uma hora ela fala uma coisa e depois muda...

1.8.04

O eterno retorno do "hoje"

Meu lado efêmero me diz que hoje já não sou mais como ontem, visto que o hoje nos escapa, não pode ser detido e aprisionado pelas palavras...
O único modo de, talvez, "gelar" o hoje é através da interação com ele, da sua experienciação ao extremo, ao deleite, viver o hoje como acontecimento, puro prazer, malícia, sensação... só assim a vida se encarregará de fazer o hoje, que já não é mais hoje (e talvez nunca tenha sido), voltar a nos assombrar, para o bem ou para o mal...